
A Grande Peste: como é que Pádua enfrentou a sua ameaça mais negra?
Descobre as acções arrojadas que ajudaram uma cidade a sobreviver
A peste assola Pádua
Chega o inimigo mais mortífero do Norte de Itália

Estamos em 1630 e o norte de Itália enfrenta um dos seus momentos mais negros - a Grande Peste. A peste bubónica assolou a região, dizimando mais de um milhão de pessoas de uma população de apenas 4 milhões. Pádua não foi poupada. A cidade, outrora movimentada, transformou-se numa cidade fantasma, com as pessoas a fecharem-se em casa, na esperança de escaparem à doença mortal que parecia atacar ao acaso. O medo pairava no ar e a cidade parecia à beira do colapso. Era preciso fazer alguma coisa, e depressa.
O homem com um plano: a luta inteligente de Vallaresso contra a peste
Quarentenas, isolamento e a manutenção da cidade viva

O herói de Pádua foi Alvise Vallaresso, um capitão veneziano que não tinha medo de tomar decisões difíceis. O seu plano? Quarentenas rigorosas, isolamento dos doentes e criação de cemitérios longe da cidade para evitar a contaminação. Parece-te familiar? É basicamente a versão de 1600 dos confinamentos e do distanciamento social. Qualquer pessoa que mostrasse sinais de doença era imediatamente isolada e grandes áreas da cidade eram fechadas. Os doentes ficavam longe, os mortos eram mantidos ainda mais longe e a vida em Pádua, embora difícil, estava a ser mantida por estas medidas.
Mantém-te um passo à frente
Uma estratégia que salvou uma cidade

A abordagem de Vallaresso não era apenas uma questão de sobrevivência; era uma questão de se manter um passo à frente da peste, cortando a sua propagação antes que pudesse chegar a mais vítimas. Os assustadores médicos da peste com as suas máscaras bicudas faziam as suas rondas, mas as acções estratégicas de Vallaresso foram os verdadeiros heróis que impediram Pádua de se desmoronar. As suas tácticas eram uma mistura de ordem rigorosa e resiliência, mantendo a cidade a funcionar durante algumas das suas horas mais negras.
O triunfo de Pádua sobre a tragédia
Um monumento para recordar

Em 1632, a peste tinha-se dissipado e Pádua emergiu, com cicatrizes, mas de pé. A liderança de Vallaresso salvou inúmeras vidas e a própria cidade. Em agradecimento, foi construído o Arco do Triunfo, com uma dedicatória que incluía "immortalibus meritis" (méritos imortais) a Vallaresso, reconhecendo a sua coragem e ação decisiva. Não era apenas um memorial; era uma recordação de como a liderança inteligente e a resiliência tinham impedido Pádua de se tornar mais uma cidade perdida para a peste.